Reunião das primas

Sábado reunimos a família aqui em casa. Filhas, netas, irmãs, primas, sobrinhas, sobrinhos e a tia Lia.
Vou descrever como deveria, esta reunião, para as pessoas que não puderam... ou não quiseram compareser:.
O menu foi frango com iogurte, arroz de couve, saladas e uma massa.
O frango, foi uma receita que eu adaptei de um livro de receitas light..
Cortei os peitos de frango em pequenos quadradinhos e temperei com sal. Deixei descançar cerca de 30 minutos.
Passado o tempo previsto, passei os pequenos quandradinhos do frango numa panela com teflon, apenas para selar o sabor e reservei.
Refoguei 3 cebolas grandes, que foram muito bem cortadas e 5 dentes de alho amassados de forma que não se percebia sua presença. Quando ambos ficaram transparentes, acrescentei 10 colheres de sopa de catchup tradicional, 2 colheres de sopa de mostarda, 2 colheres de sopa de molho inglês e 2 xícaras de água quente, onde diluí 2 caldos de legumes. Deixei estes ingredientes se unirem por uns 2 minutos e acrescentei o frango.
Isto feito, e enquanto este refogado amadureceu, coloquei em um recepiente 11/2 copos de iogurte natural, 3 copos de leite e 3 colheres sopa de maizena.
Lá na panela o frango estava se unindo ao molho. Quando levantou a fervura, misturei 200 grs de cogumelos, frescos, abaixei o fogo... e esqueci durante uns dez minutos.
Dez minutos! Aumentei o fogo, acrescentei a mistura do iogurte com leite (depois de mexer bem, para desmanchar a maisena) e fiquei mexendo até ferver. Quando ferveu, fiquei mexendo por mais alguns minutos para ter certeza de que ficou tudo bem ligado. .
Para acompanhar o frango, batatas palha, desengorduradas e bem crocantes. O segredo está em colocá-las em uma assadeira forrada com papel toalha, coberta também com papel toalha e levá-las ao forno quente por uns 3 a 4 minutos. Muito da gordura das batatas ficará no papel.
O arroz – Eu fiz um arroz integral da forma comum e reservei.
Cortei as folhas de brócolis muito finas e depois piquei muito bem até que se tornou apenas uma massa.
Coloquei uma colher de sopa, bem cheia de manteiga numa panela grande, e deixei a manteiga derreter em fogo baixo. Aumentei o fogo, coloquei a couve, deixando ela apenas murchar levemente.
Acrescentei o arroz mexendo com cuidade, até que todo arroz ficou verde. O sal, sempre é o paladar de cada um, sirvo sal de ervas na mesa para quem achar que o sal não foi suficiente.
Como alguns convidados não comem carne, nem frango, eu servi uma massa, que combina muito bem com o resto do menu.
Fiz um capeletti de ricota com nozes (comprado pronto, claro!) ao molho 4 queijos, que não é novidade para ninguém. A novidade é que coloquei no molho, lâminas de nozes que dá um gosto completamente diferente, e combina muito bem com o sabor do recheio.
A família adora saladas e por isto mesmo é onde mais capricho.
A primeira salada é de folhas que colhí da horta na hora. Mais fresca, só se alguém sentar no canteiro para saborear lá mesmo!.
Noutro prato, servi uma salada de repolho que aprendi outro dia e gostei muito. Repolho verde, colhido ontem da nossa horta, cortado finamente e temperado com pouquíssimo sal. Misturei a meio repolho de tamanho médio, cêrca de um quilo de queijo parmesão ralado grosso, 300 grs de kanikama desfiado e 100 gr de passas verdes sem caroço.
Misturei ½ copo de creme de leite com ½ copo de maionese light e mexi bem.. Quase na hora de servir, envolvi a salada neste tempero.
A terceira, salada mixta, é rápida e variada.
Coloquei num prato fundo - camadas de queijo minas frescal, azeitonas recheadas, mini pimentões, mini cebolinhas, mini milho verde cortado em pedaços, buquês de brócolis apenas branqueados, ovos de codorna e pedaços de tomates secos.Entre uma camada e outra, fiz chover em pequenas porções – gergelim, linhaça e sementes de girassol. Tudo muito saudável!
Como acompanhamento das saladas serví um molho de iogurte, feito com um copo de iogurte, um copo de maionese light, uma colher de sopa de catchup, uma colher de chá de mostarda (em pasta), temperado com sementes de papoula e pepino cortado em milimétricos pedacinhos. Para colorir, piquei ½ tomate em micro pedacinhos.
Para acompanhar as folhas, nada melhor que um vinagrete, com ingredientes cortados finamente e temperados com alcaparras partidas ao meio (no lugar do sal). Aceto balsâmico e vinho branco em partes iguais.
Servido o almoço, servi as sobremesas: Musse de maracujá e musse de chocolate, que não tem segredo nenhum, mas... são as sobremesas “si ne qua non” das nossas reuniões.
Fiz o musse de maracujá com frutas naturais e o musse de chocolate, é o famoso musse de latinha.
Para quem ainda não sabe, misturo uma lata de moça fiesta brigadeiro, uma lata de moça fiesta cobertura de chocolate e duas latas de creme de leite sem sôro. Depois de bem batido, misturo uma xícara de chocolate picado.
Para combinar com a toalha da mesa do serviço... os quindins que são da cor dos girassóis da toalha.
Hum!... só se consegue esta cor nos quindins, porque os ovos são de galinhas alimentadas com milho e muito verde..... rsss.....
E para combinar com o branco da toalha, que lembra as roupas das alegres vendedoras de cocadas lá... da Bahia... servi cocada... para comer de colher...
Um pouco mais adiante... quando os convidados já estavam satisfeitos... servi chá de maçã, onde misturei maçã verde com maçã seca, cravo e canela.... gostoso e digestivo!
E o bom e tradicional cafézinho!
A casa estava toda iluminada com orquídeas!
O bom de ter um orquidário em casa é que as orquídeas fazem parte da nossa vida, graças ao Irio que tão bem cuida delas!
É como se a vida da gente fosse premiada com a felicidade.
E agora... as orquídeas estão radiantes! ... E são muitas!
Foi muito prazeiroso receber a família novamente. Família é tudo de bom!
Conclusão: Quem veio à nossa reunião talvez nem tenha percebido os encantos que ela teve, tal qual eu descrevi.
Mas... quem não veio... deverá estar pensando... perdi esta maravilha!!
Ano que vem tem mais!
Beijos da Solange

Curiosidades sobre o sal

= Você sabia que os primeiros a extrair o sal do oceano foram os chineses?
= O termo salário foi popularizado pelos romanos. Primeiros grandes mercadores e consumidores do tempero mais popular que existe.
= Para os orientais o sal era um símbolo de concórdia e amizade, chamado de "aliança de
sal".
= Para os hebreus o sal era um elemento purificador.
= Desperdiçar sal na idade média, era sinal de catástrofe.
= A tela "A última ceia" de Leonardo Da Vinci retratou isto, pois Judas foi colocado frente a um saleiro tombado.
No século 17, avaliava-se o status da pessoa, pelo lugar ocupado num banquete em relação ao saleiro de prata.
= Na região da atual Mauritânia, os mercadores africanos trocavam sal por ouro, valendo o mesmo peso.
= Na Etiópia, na África Oriental, o sal era a moeda do reino.

Idéia inteligente

Outro dia li numa revista muito antiga...
O recluso sabia que toda a correspondência da prisão passava pelos censores.
Certa vez, tendo recebido uma carta onde a mulher lhe perguntava qual seria a melhor época para plantar batatas na horta de sua casa, respondeu:
"Não escave, em circunstância alguma, o terreno da nossa antiga horta; pois foi lá que enterrei..."
Dias depois, a mulher escrevia novamente:
"Vieram para cá seis policiais, que escavaram o terreno da horta, das traseiras palmo à palmo"
Na volta do correio recebeu a resposta:
É agora a melhor hora para plantar as batatas.
Robert Moore



Caridade e justiça

Para quem gosta de poesia, esta é tudo de bom!

C A R I D A D E e J U S T I Ç A
No topo de um calvário, erguia-se uma cruz.
E pregado sobre ela o Corpo de Jesus.
Noite sinistra e má.
Nuvens esverdeadas corriam pelo ar
como grandes manadas de búfalos.
A lua, ensangüentada e fria,
triste como um soluço imenso de Maria,
lançava sobre a paz das coisas naturais
a merencória luz feita de brancos ais.
As árvores, que outrora, em dias de calor,
abrigaram Jesus, cheias de mágoa e dor
sonhavam na nudez hercúlea dos heróis.
Deixaram de cantar todos os rouxinóis.
Um silêncio pesado amortalhava o mundo.
Unicamente ao longe o velho mar profundo
descantava chorando os Salmos de agonia.
Jesus, quase a expirar, cheio de dor sorria.
Os abutres cruéis pairavam
lentamente a farejar-lhe o corpo;
às vezes, de repente,
uma nuvem toldava a face do luar
e um clarão de gangrena, estranho, singular
lançava sob a Cruz uns tons esverdeados.
Crocitavam ao longe os corvos esfaimados.
Mas passado um instante a lua branca e pura
irrompia outra vez da grande névoa escura
e inundavam-se então as chagas de Jesus
nas pulverizações balsâmicas da Luz.
No momento em que havia grande escuridão
Cristo sentiu alguém aproximar se e então
olhou e viu surgir, no horror das trevas mudas
o covarde perfil sacrílego de Judas!
O traidor contemplando o olhar do Nazareno
tão cheio de desdém, tão nobre,
tão sereno convulso de terror fugiu!
Mas nesse instante
surgiu-lhe frente a frente um vulto de gigante,
que bradou “É chegado enfim o teu castigo!
O traidor teve medo e balbuciou: amigo
que pretendes de mim?
Dize, por quem esperas quem és tu?”
O remorso, um caçador de feras “disse o gigante.
Eu ando há mais de seis mil anos
a caçar pelo mundo as almas dos tiranos,
do traidor, do ladrão, do vil, do celerado;
e depois de as prender tenho-as encarcerado
na enormíssima jaula atroz da expiação
E quando eu entro ali na imensa confusão
de tigres, de leões, d’abutres, de chacais,
de rugidos febris e de gritos bestiais
fica tudo a tremer, quieto de horror e espanto.
(Caim baixa a pupila e vai deitar-se a um canto.)
E quando, em suma, algum monstro quer lutar
azorrago-o com a luz febril do meu olhar,
dando-lhe um pontapé, como num cão mendigo.
Já sabes quem eu sou Judas, anda comigo!”.
Como um preso que quer comprar o carcereiro,
Judas tirou do manto a bolsa do dinheiro, dizendo-lhe:
“Aqui tens e deixa-me partir...
O gigante fitou-o e começou a rir...”.
Houve grande silêncio.
O infame Iscariote,
como um negro que vê a ponta d’um chicote, tremia.
Finalmente o vulto respondeu:
“Judas podes guardar esse dinheiro, é teu!
O ouro da traição, pertence ao traidor
como o riso à inocência e como o aroma à flor.
Esse ouro é para ti o eterno pesadelo
Oh, guarda-o guarda-o bem,
que eu quero derretê-lo,
e lançar -to depois cáustico, vivo, ardente,
lançar-to gota a gota inexoravelmente,
em cima da consciência, a pútrida, a execrável!
Com ele hei de fundir a algema inquebrantável,
a grilheta que a tua esquálida memória trará,
arrastará pelas galés da história
durante a eternidade ilimitada e calma.
Essa bolsa que ai tens é o cancro de tua alma.
Já se agarrou a ti, ligou-se ao criminoso
como a lepra ao corpo do leproso,
como o imã ao ferro e o gérmen à podridão!
Não poderás jamais largá-la da tua mão!”.
És traidor, assassino, hipócrita, perjuro;
a tua alma em cima de um monturo faria nódoa.
És tudo o que há de mais vil
desde o ventre do sapo à baba do réptil.
Sai da existência! Dize a sombra que te açoite.
Monstro, procura a paz! Verme, procura a noite.
Que o sol não veja mais um único momento
o teu olhar oblíquo e o teu perfil nojento.
Esse crime, bandido,
é um crime que profana
todas as leis da consciência humana.
Todas as leis da vida universal.
Esconde-te na morte, assim como o chacal no seu covil.
Adeus, causas-me nojo e asco.
Deixo dentro de ti o teu carrasco! És livre, adeus!
Já brilha o astro matutino e eu,
caçador feroz, cumprindo meu destino,
continuarei a caçar os javalis nos matos.
E dito isto, partiu a procurar Pilatos.
Vinha rompendo ao longe a fresca madrugada.
Judas, ficando só, meteu-se pela estrada,
caminhando ligeiro, impávido, terrível
como um homem que leva um fim imprescritível,
uma idéia qualquer, heróica, sobranceira.
De repente estacou.
Havia uma figueira projetando
na estrada a larga sombra escura;
Judas, desenrolando a corda da cintura, subiu acima,
atou-a a um ramo vigoroso, dando um laço à garganta.
O seu olhar odioso
tinha nesse momento um brilho diamantino,
reto como um juiz, forte como um destino.
Nisto ecoou através do negro céu profundo,
a voz Celestial de Jesus moribundo, que lhe disse:
“Traidor, concedo-te o perdão,
além do meu carrasco és ainda meu irmão!”
Pregaste-me na Cruz, é o mesmo, fica em paz.
Eu costumo esquecer o mal que alguém me faz.
Eu tenho até prazer, bem vez, no sacrifício.
Não te cause remorso o meu atroz suplício,
estes golpes cruéis, estas horríveis dores,
as chagas, para mim são outras tantas flores!
Judas fitou ao longe os cerros do Calvário
e erguendo-se viril, soberbo, extraordinário, exclamou:
“Não aceito a tua compaixão,
a justiça dos bons consiste no perdão.
Um justo não perdoa.
A justiça é implacável!
A minha ação é infame, hedionda, miserável,
preguei-te na cruz, vendi-te aos fariseus.
Pois bem! Sendo eu um monstro e sendo tu um Deus
vais ver como esse monstro, ó pobre Cristo nu,
é maior que Deus, mais justo do que tu.
À tua caridade humanitária e doce,
eu prefiro o dever terrível!
. . . E enforcou-se. . .
Guerra Junqueiro

Tomates seco

Tomates secos no microondas

Ingredientes: 1 Kg de tomates - 1 colher de açúcar - 1 colher de sal - 1/2 xícara de azeite - 1 colher de salsa picada - 2 dentes de alho picados
Preparo: Lave bem os tomates, corte-os ao meio e retire as sementes. Distribua em um prato próprio para microondas.
Misture o sal e o açúcar e espalhe sobre os tomates. Leve ao forno microondas por 40 mutos na potência média.
Vire os tomates e leve ao forno microondas por mais 40 minutos na potência média.
Retire do forno microondas e deixe esfriar.
Misture o azeite, o alho e a salsa picada. Em recipiente forme camadas de tomate e a mistura de azeite. Leve a geladeira.


Últimamente tenho feito tomates secos no microondas, que é a forma mais fácil e rápida de fazê-los. Esta é a receita na qual eu me baseei para usar este sistema de secagem do tomate.
Na realidade, o tempo varia de acordo com o microondas, com o tamanho do tomate e com a quantidade que se coloca no forno.
Como recepiente para guardá-lo, uso o vidro e para temperar uso também o louro, orégano e alcaparras.
Fica perfeito!