Vivências

Puxa vida!
Quando eu era jovem, as coisas não eram como hoje... claro!
Não tínhamos, naquele tempo, as facilidades da vida de hoje. Quando queríamos fazer alguma coisa, se nossas mães não tivesse nos ensinado, o jeito era tentar fazer até que desse certo.
Deste aprendizado, às vêzes muito difícil e demorado, ficaram algumas lembranças tristes e outras engraçadas. Como no dia em que resolvi fazer um pudim de leite que, na época era meio que novidade. Cozinheira com pouca prática e doceira pior ainda, fiz o pudim de manhã cedo, para servir de sobremesa ao meio dia.
Claro que tentei desenformá-lo ainda morno! Ninguém me avisou! Desmanchou inteiro... buá....
Tinha visitas para o almoço e não tinha mais tempo de fazer outra sobremesa que fosse rápida. E o infeliz do pudim tinha se desmanchado todo... desespero total!
Imaginem que visitas, naquele tempo, eram visitas mesmo! Recebíamos na sala de visitas, com todos os rapapés da época.
Bem... tive uma idéia brilhante e desesperada. Dilui uma caixa de gelatina, não sei de que sabor, mas como era vermelha, devia ser de morango e misturei ao pudim. Não antes de terminar de desmanchar o pudim inteiramente.
Olhando para o prato do pudim, parecia aquela espuma de encher almofadas, espuma de borracha (diferente da espuma de hoje). Dava vontade de chorar.
Bom... peguei um pyrex (chiquérrimo servir sobremesa em pyrex!) e misturei o pudim à gelatina já diluida, coloquei um pouco no congelador para apurar o resfriamento e ... rezei!
Gente, ficou lindo! O sabor continuou o mesmo... e... pasmem! As visitas pediram a receita!
Tenho um baú cheio destas experiências!
Vou abrí-lo para vocês!